offer swiss eta movement rolex replica.

the unique contribution well worth grow to be the conveniences cheap replica uhren.

how many sex doll are many annually?

Pedro Magalhães

As transferências de voto de 2011 para 2015

No âmbito da Infraestrutura das Atitudes Sociais e Políticas dos Portugueses (IASPP) financiada pela FCT (RECI/IVC-SOC//0476/2012), resultado de uma colaboração institucional entre o ICS, o ISCTE, e o ISCSP, foi realizado um inquérito pós-eleitoral a uma amostra representativa da população residente no Continente. O inquérito foi feito pela GfK Portugal, tem uma amostra de 1499 inquiridos, escolhidos aleatoriamente em 105 pontos de amostragem no país, eles próprios aleatoriamente seleccionados com estratificação por NUT II e habitat. Foi aplicado entre 17 de Outubro e 7 de Dezembro. Teve uma taxa de resposta de 45%. Nesta pasta, encontram o questionário, um relatório metodológico e a própria base de dados. Fica aqui enquanto não terminamos as mudanças no nosso site que permitirá o alojamento desta informação. O questionário acolhe a totalidade do módulo 4 do Comparative Study of Electoral Systems, parte do questionário do Comparative National Elections Project, e um conjunto adicional de perguntas específicas a Portugal, para permitir comparabilidade com inquéritos anteriores (este é o quinto, depois de 2002, 2005, 2009 e 2011) e medir aspectos específicos às eleições portuguesas. Trabalhei neste projecto com a Marina Costa Lobo, a Edalina Sanches e o João Tiago Gaspar.

A distribuição da pergunta sobre recordação de voto/abstenção no inquérito foi a seguinte (entre parêntesis, desvio em relação aos resultados eleitorais no Continente): PaF 26.4% (+4.3), PS 25% (+6.3), BE 7.1% (+1.2), CDU 7.9% (+3.0), Outros 1.9% (-2), BeN 3% (+.9), Abstenção 29.2% (-13.2). Nota-se portanto uma subestimação da abstenção, habitual nestes inquéritos, mas cuja magnitude real não conhecemos, dado que os resultados oficiais não são eles próprios fiáveis, devido à abstenção técnica. A distribuição de votos foi a seguinte: PaF 37.3% (-1.0), PS 34.6% (+2.1), BE 10.1% (-0.2), CDU 11.1% (+2.8), Outros 2.7% (-4.0) e BeN 4.3% (+0.6). Por outras palavras, PS e CDU sobrestimados, PaF e BE subestimados, Destes desvios, apenas os que existem em relação à captação dos “Outros” e da CDU estão acima do que seria “autorizado” estritamente do ponto de vista do erro amostral. Seja como for, para lidar este problema, construí um ponderador que, aplicado a todas a análises, corrige estes desvios.

A primeira coisa para onde fui olhar foi para as transferências de voto de 2011 para 2015. O inquérito tem uma pergunta sobre comportamento de voto em 2011, e cruzando-a com o comportamento de voto em 2015 é possível fazer uma matriz de transferências. Há riscos neste exercício. Por um lado, a memória é falível e selectiva, especialmente em relação a um evento ocorrido há mais de quatro anos. Por outro lado, com percentagens consideráveis de pessoas que recusam responder quer à questão do comportamento de voto em 2011 quer à de 2015 (277 em 1499 não nos quiseram dizer se votaram e em quem votaram em 2015, por exemplo), estes fluxos têm margens de erro importantes associadas e, nalguns casos, há células com muito poucas observações. Mas assumindo o risco, aqui vai (ignorei todos os fluxos menores ou iguais a 0.5% da amostra):

Unknown

Este diagrama (já agora, chama-se “diagrama de Sankey“, e fi-lo usando as funcionalidades deste SankeyMatic) mostra várias coisas:

1. A maior parte das perdas dos partidos da PaF em relação a 2011 foram para a abstenção, detectando-se também perdas (bastante menores) para o PS e para o BE.

2. O PS vai buscar votos a anteriores abstencionistas e, em muito menor grau, ao PSD e ao CDS em 2011, mas esses ganhos mal compensam as saídas de seus anteriores votantes para a abstenção e, em menor grau, para o BE e para a PaF.

3. O eleitorado da CDU mantém-se em grande medida estável: perde um pequeno contigente para a abstenção, vai buscar o equivalente a não-votantes de 2011.

4. O Bloco tem uma ligeira perda para a abstenção, largamente compensada pela capacidade de manter a maior parte dos seus eleitores de 2011 e por ganhos junto de não-votantes de 2011, antigos votantes dos partidos da PaF e, especialmente, votantes no PS em 2011.

Onde é que os partidos da PaF perderam eleitorado? O que impediu o PS de crescer, nomeadamente indo buscar mais anteriores abstencionistas e anteriores votantes no PSD ou no CDS? De que é feito este crescimento do BE, e que tipo de eleitores foi buscar aos outros partidos e anteriores abstencionistas? Vou tratar estes temas em três posts futuros.

2 Comments

  1. […] Há dois posts atrás, mostrei como, na base do inquérito pós-eleitoral de 2015, o PS parece ter conseguido buscar alguns eleitores à abstenção mas esses ganhos mal terão chegado para compensar as perdas. Queria deixar uma pista sobre a razão pela qual isso poderá ter sucedido, baseado nos dados do inquérito. […]

  2. […] inquérito pós-eleitoral de 2015 permite dizer alguma coisa sobre como os eleitorados dos diferentes partidos olham (ou olhavam […]

Leave a Comment

You must be logged in to post a comment.