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Pedro Magalhães

Uma conferência

Estive hoje numa conferência sobre Matemática e Eleições. Fui falar sobre sondagens. Estavam mais de 100 pessoas na assistência. Falei de erro amostral e outros tipos de erro, de cobertura, de “não-contacto” e “não-resposta”.

Muitas perguntas. Perguntaram-se se o erro amostral é afectado pela dimensão da população sobre a qual estamos a fazer inferências. Se a abstenção afecta a diferença entre as intenções de voto e os resultados, e como e porquê. Em que medida os dados do recenseamento da população são úteis para quem faz sondagens. Se sempre é verdade que as sondagens subestimam sistematicamente o CDS e, se sim, por que será. O que se faz para corrigir distorções entre a composição das amostras e aquilo que julgamos saber sobre a população? E se nós sabemos as fontes de erro “não-amostral”, o que podemos fazer para as contrariar? E porque não fazemos mais e melhor?

Quem me fez estas e outras perguntas foram alunos de 15 e 16 anos do Colégio Paulo VI, em Gondomar. Não é só as perguntas terem sido boas. Foram todas curtas, muito incisivas, feitas por pessoas que perguntam porque, simplesmente, querem saber. Nada do que sucede normalmente nas conferências em Portugal (“Bem, a minha pergunta não é bem uma pergunta, é um comentário,” etc). Em suma, continuo optimista.

11 Comments

  1. João Vasco says:

    Apesar de tudo, pode ser que os papeis relativos (miúdo – conferencista vs adulto – conferencista) explique a diferença de comportamento, até mais do que a educação.

    Ou então, as pessoas que gostam de ir para as conferências fazer discursos estão sobre-representadas na população que vai a conferências (porque têm mais motivação para assistir às mesmas e fazer os seus discursos), mas não entre os miúdos da escola, caso não tenha sido uma escolha voluntaria deles mas sim uma imposição do professor.

    E por fim, os adultos podem ser mais delicados, e por isso não criar uma pressão tão forte para evitar este tipo de comportamentos. Nas conferências existem sempre essas pessoas, mas o máximo que faço é revirar os olhos. Se um aluno do secundário tivesse esse comportamento seria rapidamente ridicularizado pelos colegas de forma bastante agressiva.

    PS- Uma vez vi um senhor que tinha uma folhinha e começou literalmente a ler o discurso que previamente tinha escrito. Não existiu qualquer pudor.

  2. Anabela says:

    Sou, com muito orgulho, professora de Matemática no Colégio Paulo VI, onde se realizou a referida conferência e quero, mais uma vez, agradecer a amabilidade e a simpatia com que acedeu ao nosso convite. Os alunos adoraram e eu assisti com um entusiasmo que me surpreendeu mas que é perfeitamente justificado quando ouvimos o Professor Pedro Magalhães falar de um assunto que nos interessa de uma forma tão clara e tão apaixonada.
    Muito obrigada!

    Anabela Matoso

  3. diogo says:

    Pedro, pode dizer o que respondeu quanto à subestimação do CDS nas sondagens?
    Parece que já foi mais o caso.

  4. jes says:

    Sem querer destruir o optimismo de ninguém: já estimou qual a probabilidade de os alunos estarem a fazer perguntas “encomendadas” pelos professores?

  5. Claro que é possível. Mas isso tende a perceber-se, e não foi de todo a impressão com que fiquei. Acho que as explicações do Vasco são plausíveis.

    Sobre o CDS, disse de facto que há uma tendência para que as intenções de voto captadas fiquem abaixo dos resultados que acabam por ser obtidos em eleições. Mas que isso parece variar de tipo de eleição para tipo de eleição. E que com a CDU acontece o mesmo, quase ao mesmo nível. Depois até discutimos hipóteses de explicação, mas são especulações.

  6. P says:

    Já reparou que as perguntas são discussões existentes neste blog. Assim sendo, os alunos foram de certeza “incentivados” a pesquisar neste blog para perceberem melhor o que iria dizer, logo é natural que perguntem coisas às quais dá resposta nos seus posts.
    Nas conf. de adultos nem todos concordam com as suas explicações, mas enfim os alunos do colégio é que são excelentes…

  7. Boa noite, eu sou aluna do colégio paulo VI e participei na conferÊncia. Acho que o facto de poderem pensar que as perguntas foram “encomendadas” retira a utilidade da conferÊncia.
    , o que não é o caso visto que a conferÊncia foi um sucesso e bastante explicativa.
    A pergunta sobre a abstenção foi colocada porque um jovem consciente deve reflectir sobre a realidade do país. Esta pergunta foi, sem dúvida, de natureza instantanÊa.
    Eu fui uma das alunas a fazer várias perguntas, perguntas essas que me suscitam interesse. As perguntas foram surgindo ao longo do debate.

    Ainda existem adolescentes que se preocupam com a vida politica de Portugal. Esse é o meu caso.

    Acrescento ainda que a minha pergunta em relação ao CDS era uma dúvida que havia tido há muito tempo.
    Ainda existem jovens dinamicos, que querem fazer desta área carreira…

    Boa Noite, Ana Sofia

  8. Cravo Verde says:

    ó Pedro caramba, está-se sempre a esquecer.. optimismo é proibido em Portugal, não dá mesmo. É claro que não há nenhuma razão para estar optimista, as perguntas foram encomendadas provavelmente pelo próprio Ministério da Educação, os alunos são burros e sem probabilidade de sucesso seja no que for.. isto é tudo para disfarçar, para parecer bem. Mas nada disto é real.

    O país está mal e vai ficar pior, e os portugueses são cada vez mais burros. Vá, repita comigo 100 vezes.

  9. Obrigado Ana Sofia. Um abraço.

  10. Obrigado por deixar exprimir aqui um outro lado do debate. O lado dos alunos!

    Hoje falámos do que “aprendemos” no debate e ainda sabemos (sim é verdade)do que são inferências.

    Obrigado

    Vou-me tornar seguidora do seu blog

  11. Gosto particularmente de outra: “Achei muito interessante a sua apresentação”, logo seguida da destruição estrutural do que foi dito.

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