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Pedro Magalhães

Aborto

Sondagem Marktest:

De acordo com o Barómetro, 54,3 por cento dos portugueses votaria a favor da despenalização, contra 28,6 que optariam em sentido contrário. Outros 16 por cento disse não ter opinião ou então não querer responder.

Para além das questões da amostragem, as respostas a questões como esta são muito sensíveis à formulação da pergunta. Seja como for, numa sondagem da Católica de 14 de Janeiro de 2004, 69% diziam que votariam “Sim” à (cito) “despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado”. 25% votariam “Não” e 6% “Ns/Nr”.

Assim, à partida, das duas uma:

1. Ou a formulação da pergunta foi determinante para a diferença (mas não sei como foi formulada a pergunta na sondagem Marktest);
2. Ou o apoio à despenalização diminuiu (ou pelo menos, aumentou a incerteza).

Mais certo é que não há razões para supor que os portugueses não querem o referendo. Em Janeiro de 2004, 56% achavam que a discussão sobre o tema era “muito oportuna”. Agora, há mesmo 47% que acham que o referendo à despenalização deveria ocorrer antes do referendo europeu (contra 39% que pensam o oposto). No último artigo do Público, a Helena Matos confunde os seus próprios sentimentos com os da população. Um lapso comum.

Mas atenção: na sondagem da Católica de Janeiro de 2004, questionados sobre se “deveria ser só o parlamento a decidir se haveria uma alteração às leis do aborto ou se deveria haver um referendo”, 73% optavam por referendo. Eu sei que a questão tal como formulada na sondagem é algo equívoca, dado que pode haver partes da lei alteradas por referendo e outras não. Mas o sentimento geral existe. E será ele compatível com um referendo que liberaliza o aborto por vontade da mulher até às 10 semanas ao mesmo tempo que, por via legislativa, se ampliam as causas médicas justificativas do aborto até às 16 semanas? Não estará aqui parte da explicação da diminuição de 69 para 54% de apoio à despenalização?

Não seria espantoso se os nossos políticos, por inépcia ou maximalismo, fizessem com que um novo referendo voltasse a resultar na inviabilização de uma alteração legislativa aparentemente desejada pela grande maioria da população (a despenalização do aborto por opção da mulher até às 10 semanas)? Vamos ver.

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