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Pedro Magalhães

Ano eleitoral

De Março de 2005 até hoje, fui recolhendo as notícias sobre algumas sondagens que iam saindo. Até agora, tenho tratado apenas os dados respeitantes à popularidade dos líderes do PS e do PSD tal como recolhidos pela Marktest e pela Eurosondagem. Mas em ano de eleições, vale a pena voltar um pouco atrás e olhar para as intenções de voto.

Para que nos entendamos, as regras são as seguintes:

1. Os dados dizem respeito às estimativas de resultados eleitorais, ou seja, os resultados das sondagens de intenções de voto comparáveis com resultados de eleições. Em muitos casos, os órgãos de comunicação social apresentam esses resultados, quase sempre redistribuindo os indecisos proporcionalmente pelas restantes opções. No caso da Católica, há uma segunda pergunta colocada aos NS/NR sobre “inclinação de voto”. Os que respondem são redistribuidos nessa base, os restantes proporcionalmente. Finalmente, quando nem os institutos nem os media procederam à redistribuição, eu próprio fi-lo, usando a opção de os redistribuir proporcionalmente pelas opções válidas (incluindo, para este efeito, uma categoria de “outros, brancos ou nulos”). Tudo relativamente banal.

2. Ao longo dos últimos três anos, julgo ter informação sobre todas as sondagens realizadas pela Marktest e pela Eurosondagem, para além das do CESOP/Católica, naturalmente. No total, são 44 da Eurosondagem, 39 da Marktest (que não coloca dados no site desde Novembro) e 9 do CESOP. Sabemos, contudo, que a Aximage e a Intercampus também têm conduzido sondagens. Uma pesquisa muito minuciosa na Net, nos sites da TVI e do Correio da Manhã, permitiu detectar 5 sondagens da Aximage e 3 da Intercampus. Há sem dúvida mais sondagens da Aximage, mas as notícias do Correio da Manhã na Net anteriores a Julho de 2008 apresentam apenas intenções de voto brutas no PS e no PSD. No caso da Intercampus, se houve sondagens antes de Junho de 2008, não as consegui encontrar. Se alguém tiver a informação em falta e quiser enviar-me, ficarei grato.

O que se pode fazer com esta informação? Bem, vamos ver aquilo que consigo espremer destes dados. Para começar, o mais simples e mais agnóstico: um plot dos resultados de todas as 100 sondagens de que disponho para cada partido. A cada conjunto de dados para cada partido ajusto uma linha, presumindo que as tendências não são lineares. Trata-se de uma linha de regressão local, dando maior peso às observações imediatamente adjacentes do que às outras. Podia fazer de conta que sei muito bem o que estou a fazer, mas não vale a pena: limito-me a recorrer a umas funções do SPSS que me fornecem estas curvas e a ter uma vaga ideia de como são estimadas: aqui. Mas com as devidas diferenças, estou a fazer o que estes senhores fazem regularmente. E tal como eles, esta abordagem é completamente agnóstica (o que não significa que seja superior a outras) : tomo em conta todas as sondagens de que disponho, ignoro o facto de que há dois institutos de sondagens muito sobrerepresentados e não tomo em conta que as estimativas têm precisões diferentes (baseando-se em dimensões amostrais que vão dos 600 aos 1354). Dito isto, aqui vai:

Este smoother é, digamos, medianamente sensível (Kernel: Epanechnikov, 35% points to fit). Posso torná-lo mais “insensível” (obrigando-o a tomar mais observações em consideração):

Ou, pelo contrário, mais sensível às flutuações de cada momento:
Fiquemos com este último, para já. Adiciono de seguida umas linhas de referência verticais com algumas datas: as autárquicas de 2005; o caso “Universidade Independente”; a eleição de Menezes; e a eleição de Ferreira Leite:
Cliquem para ampliar, e digam lá se isto não tem a sua graça.

7 Comments

  1. Helena says:

    Muito Interessante!
    Eu ainda colocaria uma linha por volta de Outubro 2008 (Falência do Lehman Brothers, ou ainda a nacionalização do BPN). A partir daí observa-se:
    – desaceleração PS
    – queda do PSD
    – ligeiros crescimenos no BE e CDS

    Cumprimentos,
    Helena

  2. Olá Helena. Acho que deve ter razão na ideia de que Outubro é a intervenção final relevante nesta série temporal (e não MFL). Só acho que o que veríamos aí é aceleração (e não desaceleração) do PS (e claro, declínio PSD).

  3. Rui MCB says:

    Uma curiosidade: quem estará a pensar incluir os novos partidos nas respectivas pesquisas de opinião?

  4. Helena says:

    🙂
    Tem razão. E com a actualização com os dados da Aximage, esta tendência é ainda mais evidente. Por outro lado, atenuou-se o crescendo do CDS.
    Quanto a haver um efeito MFL, considerando o low profile da líder, a falta de consensualidade, os tão comentados silêncios e a ausência de euforia em seu redor, esperaria que tal efeito só se manifestasse num confronto ou tomada oficial de posição por parte de MFL. Talvez esteja incluído no “turning point” de meados de Outubro de 2008.

    Helena

  5. Sobre a inclusão de outros partidos, julgo não estar a errar se disser que estão incluídos na maior parte ou mesmo em todas os inquéritos. A questão é que, individualmente, têm intenções de voto residuais e deixa de fazer sentido apresentar os seus resultados. Exemplo: para uma sondagem com uma amostra de 600, a margem de erro associada a uma estimativa de 0,6% é de mais ou menos…0,62%. Ou seja: entre -0,02% dos votos e 1,22% dos votos. Absurdo, não?

  6. Sabino says:

    Boa Tarde,

    Olhando bem para o último gráfico podemos chegar à conclusão que Menezes pouco efeito teve nas intenções de voto no PSD, enquanto que Manuela Ferreira Leite é o que se vê.
    É por estas e por outras, que por vezes dá vontade de rir ao ler certos editoriais e artigos de opinião impressos nos chamados jornais de referência.

  7. Rui MCB says:

    A questão dos pequenos partidos:
    sim, claro, particularmente se o inquérito for feito com base numa pergunta como “Em que partido vai votar nas próximas eleições europeias/autárquicas/legislativas”.
    Mas a questão é mesmo a definição de “residual”. Para 1% já fará sentido desagregar? E para 2%? E para 3%? A falta de histórico e a maior dificuldade de tratamento dos dados brutos pode colocar questões e levar a opções discricionárias (e muito naturais) mesmo que algum dos novos partidos descole ligeiramente dos PCTP-MRPP’s e afins. Enfim, era só uma curiosidade de uma parte interessada 😉
    Grato pela resposta.

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