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Pedro Magalhães

Boca das urnas

No próximo dia 5, é provável que tenhamos o costume: às 20.00h, são anunciadas três projecções, muito próximas entre si, e bastante próximas em relação ao total de votos escrutinados. Desse ponto de vista, não me recordo de uma eleição em que tenha havido problemas (com excepção de uma ou outra eleição regional; quem procurar aqui no blogue encontra um ou outro desses casos). Depois vão andar pelas sedes partidárias, ouvir 457 membros de secretariados e comissões políticas, 967 comentadores (sendo eu um deles), discursos de vitória e de derrota, filmagens de carros e motas a caminho dos ditos, etc.

Mas há um aspecto em que as nossas sondagens à boca das urnas são claramente deficientes: basicamente, não ficamos a aprender nada sobre como as pessoas votaram. Vou dar-vos um exemplo do tipo de coisas que se poderia ficar a saber:

No caso americano, uma infografia fabulosa do NYT mostra o voto segundo uma série de variáveis socio-demográficas. Na Alemanha, algo semelhante, a votação por diferentes grupos sociais, havendo igualmente cruzamentos com avaliações de líderes e percepção de importância de diferentes problemas sociais.

Isto seria impossível de fazer em Portugal? Não. O principal problema novo seria o de transmitir dos pontos de amostragem para a central os dados sobre as restantes variáveis para além das votações agregadas. Mas há soluções tecnológicas capazes de o fazer que não exigiriam investimentos demasiado grandes. Mesmo que os valores das variáveis tivessem de ser ditados pelo telefone, seria sempre possível fazê-lo junto de uma sub-amostra bem menor do que os habituais 15 a 30 mil inquiridos e mesmo assim obter resultados fiáveis e relevantes.

Haveria um custo adicional, certamente. O que se passa, contudo, é que as televisões não acham isto suficientemente interessante para pagarem esse custo adicional. É só mais um exemplo de como as sondagens poderiam aprofundar (em vez de “superficializar”) o debate político, mas de como os clientes resistem a correr o risco de mudar a cobertura das noites eleitorais, receando que os espectadores não se interessem. Sempre achei e sempre lhes disse que estão enganados e que valeria a pena arriscar. Pode ser que um dia.

5 Comments

  1. Ricardo says:

    água mole em pedra dura…

  2. Nuno Pereira says:

    … ou, o sonho comanda a vida. Parece mesmo um sonho que isto aconteça nos próximos anos.

  3. Pinto de Sá says:

    Excelente post! Concordo inteiramente!
    Nas eleições americanas segui estas sondagens e fiquei fascinado! Assim como no referendo sobre o direito do casamento dos homossexuais.
    Aprende-se imenso! Que quem vota à esquerda (nos EUA) são os pobres urbanos e a classe média alta educada, enquanto quem vota á direita é o grosso do povo trabalhador. Que quem votou contra o casamento dos homossexuais foram sobretudo as mulheres negras! Etc…

  4. diogo says:

    Bem pedido Pedro, também gostava!

    Interessantes gráficos. O das eleições em Bremen parece ser o voto dos sub-18, será isso? Não sabia que votavam na Alemanha.

    A propósito, antigamente o Expresso publicava uns estudos pós-eleitorais muito completos, com transferência de voto, etc. Parecidos com esse das presidenciais nos EUA.
    Não me recordo de os ver em 2005 e 2009, houve algum estudo desses?

    A última sondagem da Aximage incluiu dados das transferências, que vi no jornal CM impresso. Todavia, os valores pareceram-me incoerentes, ou então não os entendi.

  5. Olá. Fundamental era transferências. Mas nunca explicaram bem como faziam…

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