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Pedro Magalhães

Dois a mais

Um senhor chamado António Carlos Monteiro, que parece que é deputado e já foi Presidente do Conselho de Administração da EMEL, “vereador a meio tempo na CML” e “docente na Universidade Moderna” (ena) esteve há momentos na RTP-N a dizer que, nas últimas regionais dos Açores, o CDS-PP teve o dobro dos votos que aquilo que uma sondagem da Católica previa. Para quem estiver a ver, queria só informar que não faço ideia do que está este senhor a falar. Por um lado, o CESOP/Católica não conduziu qualquer sondagem antes do dia das eleições nos Açores. Por outro lado, na sondagem à boca das urnas, o CESOP estimou que o CDS-PP teria um valor entre 7 e 9 por cento. Teve 8,7%. No Twitter, há outra pessoa – ou será a mesma – que acha que uma mentira repetida muitas vezes se torna verdade.

Ainda bem que eu sei que o CDS-PP não é só isto. Caso contrário, ficaria a pensar que 2% de votos eram dois a mais.

6 Comments

  1. Anonymous says:

    pedro, qual a distribuição de deputados?
    é possível prever?
    obrigado,
    pm

  2. Com estes resultados, 9, 9, 3, 1.

  3. Anonymous says:

    Pedro Magalhães,
    Hesitei algum tempo sobre se deveria responder a este seu post, pois confesso que fiquei surpreendido quanto à forma virulenta e apaixonada como reagiu às minhas declarações no “Pontos de Vista”. Constato que essa paixão excessiva não é a melhor conselheira para quem deveria ater-se a critérios técnicos e à frieza dos números das sondagens e procurar explicá-los. Não é esse o objectivo do seu blog?
    Só essa paixão excessiva pode explicar afirmações como: “parece que é deputado”. Pois é, sou deputado eleito pelo povo português, por muito que isso o frustre e apesar de as suas sondagens constantemente o negarem.
    Aliás, depreende-se da sua afirmação que deveria ser a realidade a adaptar-se às suas sondagens e não o contrário, o que estranho muito.
    Não basta dizer no seu blog que falhou nas sondagens e não sabe porque falhou , corrigindo agora para que falhou, mas que falhou menos que os outros. Isso deveria preocupá-lo e pergunto: o que é que fez para corrigir essas falhas?
    Mas se esse problema existe com as sondagens realizadas em tempo de eleições, que não resistem ao confronto com os resultados nas urnas, chamo também a sua atenção para as sondagens realizadas fora desse período – os resultados dessas são, em regra, ainda mais distantes dos resultados que o CDS-PP depois vem a obter. Eu detecto aqui um padrão, que carece de ser corrigido, principalmente quando daí se presume um determinado comportamento eleitoral, o Pedro Magalhães não!
    Face a este histórico e ao facto de afirmar que “2% de votos eram dois a mais” o Pedro Magalhães admira-se que a sua estimativa de resultados eleitorais para o CDS-PP seja criticada? Admira-se também que se estranhe que o CDS-PP seja o único em que a estimativa seja igual à intenção de voto directo, quando os demais partidos e até os “outros” viram a sua percentagem dobrar?
    Aconselho-o também a ser mais cuidadoso nas afirmações que faz e quando imputa aos outros mentiras ou invenções. Tive o cuidado de ouvir novamente tudo o que disse no programa em causa: desvalorizei todas as sondagens porque subavaliavam em regra o CDS-PP, chamei à atenção para que os resultados nos Açores tinham penalizado o centrão e o CDS tinha tido o dobro do previsto, sem nunca ter mencionado o nome da Católica (aliás a Universidade onde tirei o curso e que lamento ver o nome associado a estas sondagens).
    Vá verificar tudo o que eu disse e veja se sou eu ou o Pedro Magalhães quem inventou ou mentiu? Terá sido por enfiar a carapuça?
    Se teve o cuidado de ir ver o meu currículo (ena), deveria ter percebido que não me escondo, muito menos atrás do Sol e Chuva. No twitter sou um dos seus followers que dá pelo nome de acmonteiro – como vê mais identificado é impossível. Mais um erro seu que demonstra a forma leviana como avalia o carácter dos outros.
    Mas continuando, quando diz que “uma sondagem é só uma sondagem”, o Pedro Magalhães não compreende que isso não é verdade – deixa de ser só uma sondagem quando se torna uma forma de intervenção na política, como aliás o programa da RTPN em causa demonstrou. Por isso, não basta exigir-se seriedade aos políticos, deve-se também exigir o mesmo de quem tem intervenção na política como o Pedro Magalhães!
    António Carlos Monteiro

  4. Este comentário foi removido pelo autor.

  5. Quem mente aqui é o senhor deputado, que afirmou na RTP-N que uma sondagem – “do mesmo instituto responsável por esta” – tinha errado nas suas previsões sobre os Açores. Tem razão, contudo, numa coisa: a minha reacção neste post à mentira por si proferida foi demasiado emocional. Lamento. A minha reacção à segunda mentira que agora profere – a de não ter o que disse – é simplesmente factual.

  6. “a de não ter dito o que disse”, corrijo.

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