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Pedro Magalhães

Eleições Brasil (longo)

Nova rodada de pesquisas eleitorais no Brasil: Sensus, IBOPE e Datafolha. Começo por dizer que, quando olhamos para as intenções válidas de voto (eliminando e redistribuindo proporcionalmente as percentagens de indecisos, votos e branco e não respostas), todas apontam para uma muito ligeira subida de Lula. De 61 para 62% na Sensus; de 56 para 57% na Datafolha; e (num mais curto espaço de tempo), de 57 para 59% no IBOPE. A subida nem mereceria menção se não tivesse ocorrido nas três sondagens, o que diminui a probabilidade de ser fruto de mero erro amostral.

O gráfico seguinte mostra a evolução dos resultados para Lula, ajustando aos pontos obtidos uma curva de regressão local. É visível, quando tomamos em conta toda a informação disponível, que a descida de Lula em meados de Julho aqui assinalada parece ter sido mero acidente de percurso.

É evidente que a evolução mostrada no quadro anterior está muito dependente do número de sondagens feitas por cada instituto e o momento em que a fizeram. Logo, podemos estimar uma intenção de voto “mensal” para cada candidato que seja independente dos “house effects” trazidos para os resultados por cada instituto (ver aqui como se faz):

Por outras palavras, independentemente do instituto que realizou a pesquisa, a melhor estimativa para as intenções de voto em Lula nas pesquisas realizadas em Agosto é de 56,1%, uma subida em relação a Julho. Alckmin desce e Helena sobe, apesar de, em relação a esta última, os dados de mais curto prazo (as últimas sondagens de Agosto) sugerem que as coisas estão menos bem que no início do mês de Agosto.

Falta um mês. O que pode mudar? Começo por assinalar aquilo que alguns portugueses já sabem: os institutos brasileiros têm excelente reputação internacional, apesar de serem ajudados, no que diz respeito à relação entre as estimativas que dão e os resultados eleitorais, pelo voto obrigatório.

Noto também um único elemento de incerteza em relação aos resultados dados até agora: o único instituto (IBPS) que utilizou uma metodologia de amostragem e de inquirição diferente dos restantes (selecção aleatória de inquiridos e telefónica) deu resultados significativamente mais baixos para Lula do que os restantes. Tudo o resto – excepto o IBOPE no início de Junho – são sondagens muito próximas umas das outras. Não sei se há algum brasileiro a ler isto que nos possa ajudar, mas eu gostava de saber se, no passado, o desempenho das sondagens pareceu ser afectado por opções sobre amostragem e inquirição. O meu palpite é que telefónicas no Brasil hão-de comportar grandes problemas de exclusão das camadas mais pobres da população – domicílios sem telefone – e daí piores resultados para Lula e, potencialmente, mais longe dos valores reais da população. Mas é só um palpite.

O que parece, tendo em conta os baixos números de indecisos, é que a coisa está quase feita: Lula tem tudo para ganhar no 1º turno. Contudo, eleições presidenciais em países com sistemas de partidos com baixíssimos níveis de institucionalização ajudam a criar um eleitorado muito volátil, muito sensível a factores de curto prazo. Pelo que convém ir vendo o que as próximas sondagens vão dizer.

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