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Pedro Magalhães

Entretanto, no "Minho Norte"

Fui desafiado há uns tempos pelo dias estranhos, um blogue da Galiza (“Minho Norte”, tendo em conta que, para eles, Portugal é “Minho Sul”) a escrever qualquer coisa sobre as eleições autonómicas do próximo dia 19. Hesito, porque sei muito pouco – muito menos do que devia e gostaria – sobre a política galega. Mas não custa alinhar alguns resultados de sondagens e pensar um pouco sobre elas, rezando para que as minhas fontes estejam correctas. Por ordem cronológica crescente, as que detectei (redistribuo indecisos e arredondo casas decimais):

1. Universidade de Santiago de Compostela, Novembro-Dezembro 2004, N= 1200, face-a-face.
PP: 31% (34-35 deputados)
PSdeG: 28% (23-24 deputados)
BNG: 21% (17 deputados)
Outros: 20% (tantos?)

2. Instituto Opina, 2-4 Maio, N=1500, ?.
PP: 35% (36-37)
PSdeG: 34% (27)
BNG: 13% (11-12)
Não tem outros.

3. Sondaxe, 27 Abril-4 Maio, N=4000, ?.
PP: 45% (36)
PSdeG: 32% (24)
BNG: 21% (15)
Outros/brancos: 2%

4. CIS, 29 Abril-11 Maio, N=1600, face-a-face.
PP: 46% (36)
PSdeG: 33% (23)
BNG: 21% (16)

5. Instituto Opina, 5 Junho, N=1000, face-a-face.
PP: 45% (35-37)
PSdeG: 33% (25-27)
BNG: 20% (13)

6. Anova Multiconsulting, 31 Maio-7 Junho, N=2000, telefone:
PP: 47% (38)
PSdeG: 31% (22)
BNG: 19% (14)

7. Sigma Dos, 6-8 Junho, N=800, telefone.
PP: 47% (37-38)
PSdeG: 30% (23-24)
BNG: 20% (13-14)

8. Instituto Opina, 12 Junho, N=1000, face-a-face.
PP: 42% (34-36)
PSdeG: 35% (25-26)
BNG: 19% (15)

Há ainda outras duas de um instituto chamado Infotécnica, mas do qual apenas obtive distribuições de deputados. Ambas as sondagens, uma de Abril e outra de Maio, deixam tudo em aberto quanto à maioria absoluta, para a qual o PP precisa de 38 deputados. O sistema eleitoral galego tem, segundo a explicação do dias estranhos, uma cláusula-barreira de 5%, abaixo da qual o partido não obtém deputados, o que basicamente transforma a coisa num jogo PP-PSdeG-BNG.

O que posso dizer sobre estes resultados? Três coisas:

1. Dos vários institutos que fizeram sondagens, os mais conhecidos e reputados (e de dimensão nacional) são o Opina, a Sigma Dos e, claro o CIS. Mesmo que quiséssemos dar maior credibilidade aos resultados destes – e não estou seguro que assim seja – isto não nos levava longe. Enquanto a Sigma Dos dá um resultado mais lisonjeiro para o PP, o CIS e o Opina negam a maioria absoluta ao PP.

2. Agora, para mentes perversas. Em que meio de comunicação são divulgadas as sondagens Opina? El Pais e Cadena Ser (Grupo Prisa). Em que meio de comunicação são divulgadas as sondagens Sigma Dos? El Mundo. A quem pertence o CIS? À Presidência do Conselho de Ministros de Espanha. Tirem daqui as conclusões que entenderem. Eu, por mim, não queria tirar muitas, mas que é tentador, é.

3. Se há alguma conclusão que se possa, com muito cuidado, tirar, é esta: nenhuma das sondagens que sabemos ser conduzidas face-a-face dá maioria absoluta ao PP, e nenhuma passa dos 46% das intenções de voto. Ambas as sondagens que sabemos ter sido conduzidas pelo telefone dão 47% e abrem a possibilidade de maioria absoluta.
O que vou dizer de seguida baseia-se em muito poucas observações e muito palpite, mas eu confiaria mais nas sondagens face-a-face. Quando um partido está no poder desde que há poder, quando estamos num território com forte peso de eleitorado rural e uma economia pouco diversificada, muito dependente de decisões do poder autonómico a vários níveis, será que podemos confiar em sondagens que ligam para casa dos eleitores e lhes perguntam se, afinal, sempre vão votar em Fraga? As sondagens face-a-face, pelo menos, permitem a utilização de métodos que minimizam a ocultação do voto (simulação de voto em urnas) e diminuem as recusas. Não se as primeiras já foram utilizadas, mas seja como for, a experiência das eleições locais em Portugal confirmam a superioridade das sondagens face-a-face (ao contrário do que sucede nas eleições nacionais, onde não faz diferença).

É isto. Gostava de poder dizer mais, mas é tudo o que sei. Votem bem.

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