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Pedro Magalhães

Estudar e proibir

Nas eleições presidenciais de 1948 nos Estados Unidos, as sondagens deram resultados que sugeriam a vitória de Thomas E. Dewey. Eis o vencedor, Harry S. Truman, claro:

Um dos resultados desse fiasco foi uma comissão, liderada por Frederick Mosteller (sim, é esse), encarregada de estudar as razões do fracasso das sondagens. O resultado foi um relatório famoso que ajudou a definir os critérios que são ainda hoje usados para medir a precisão das sondagens e a clarificar as diferentes dimensões da metodologia das sondagens que merecem análise.

Em 1992, as sondagens pré-eleitorais no Reino Unido sugeriam uma eleição muito renhida, com possibilidade de os Trabalhistas ganharem (apesar da sua vantagem ter diminuído ao longo da campanha), tendo cerca de um ponto de vantagem em média nas últimas sondagens. No dia da eleição, os Conservadores ganharam com quase 8 pontos de vantagem. Seguiu-se um estudo e um relatório elaborados por um painel independente da Market Research Society, divulgado em Julho de 1994. O relatório revelou problemas na composição das amostras (causados por má qualidade das fontes usadas para construir quotas ou ponderadores), falta de meios adequados para vencer a resistência dos Conservadores a admitirem o seu voto em sondagens, dificuldades em detectar um late shift em favor dos Conservadores ou potenciais problemas na redistribuição dos indecisos. O relatório também foi crítico da forma como as sondagens foram apresentadas na imprensa, da falta de informação e transparência sobre os resultados e sobre a criação de uma expectativa excessiva sobre a capacidades preditivas de uma sondagem (um resumo das principais conclusões aqui). Em 1997, as coisas melhoraram (não muito, mas um pouco).

Não nos fazia mal nenhum que um painel independente de especialistas, desde que não ligados aos institutos de sondagens, procedesse em Portugal a um estudo deste género. Um fiasco é um bom pretexto. Ficaríamos a saber mais sobre as metodologias utilizadas ….

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