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Pedro Magalhães

Indecisos

Há alguma indefinição quanto à percentagem de eleitores que estão indecisos sobre em que partido irão votar. Há quem ache (deseje?) que sejam muitos, há quem ache (deseje?) que sejam menos. As sondagens têm sido pouco elucidativas sobre esse aspecto. Olhando apenas para as mais recentes, as percentagens oscilam entre os 8% e os cerca de 30%. Em que ficamos?

A minha convicção é que estas variações decorrem mais de factores metodológicos do que de reais mutações na percentagem de indecisos ao longo do tempo ou mesmo de erro amostral. Factores tais como:

1. A mera “contagem”. Aqueles que são indicados como indecisos incluem aqueles que não quiseram responder à pergunta sobre intenção de voto? Por vezes, isto não é claro na apresentação de resultados. Se for esse o caso, podemos estar a sobreestimá-los.

2. A sondagem teve uma alta ou baixa taxa de recusas? Ou seja: qual a percentagem de pessoas cuja inquirição foi tentada mas que se recusaram de todo a fazer parte da amostra? Se essa taxa foi muito alta, muitos dos reais indecisos podem estar escondidos “fora” da amostra, ou seja, dentro do contigente daqueles que se recusaram a participar no inquérito, sendo por isso subestimada pela sondagem. Mas se a taxa de recusa foi muito baixa, é quase certo que a percentagem de indecisos apurada vai ser maior, e talvez maior do que a “real”. As pessoas aceitam participar (especialmente quando o questionário se debruça sobre outros temas que não apenas a intenção de voto) mas, quando questionados sobre em que partido votariam, algumas refugiam-se na indecisão como maneira de não revelarem o seu sentido de voto. Nestes casos, a % de indecisos pode estar também sobreestimada.

Seja como for, não se esqueçam que, quando as pessoas dizem que não sabem ou ainda não decidiram em quem vão votar – e por muito que seja o esforço feito em “filtrar” previamente os prováveis abstencionistas – uma coisa que algumas delas não terão ainda decidido é se vão votar ou não. Logo, seja qual for a percentagem de indecisos, é quase garantido que ela não será convertida, na sua totalidade, em votos em partidos no dia 20. Aliás, a julgar pelo passado, essa percentagem de indecisos deverá representar, na sua maioria, abstenção. Logo, a noção de que serão os “indecisos” das sondagens a “decidir” estas eleições tem de ser um bocado relativizada…

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