Marktest, 14-16 Janeiro, N=802, Tel.
Posted January 19th, 2011 at 10:21 am19 Comments
Cavaco Silva: 61,5%
Manuel Alegre: 15%
Fernando Nobre: 12,7%
Francisco Lopes: 3,3%
José Manuel Coelho: 2,1%
Defensor de Moura: 1,2%
Aqui. A soma disto dá 95,8%. A notícia reporta que “a percentagem de votos brancos e outros [quais outros?] é de 4,2 por cento”. Se os deixarmos de fora, para tornar o resultado comparável com o de uma eleição, ficamos assim (entre parêntesis, comparação com sondagem anterior da mesma empresa):
Cavaco Silva: 64,2% (-14,1)
Manuel Alegre: 15,7% (+0,7)
Fernando Nobre: 13,3% (+9,3)
Francisco Lopes: 3,4% (+2,7)
José Manuel Coelho: 2,2%
Defensor de Moura: 1,3%
Mais um mês de campanha e o Coelho ia à segunda volta…
Cavaco -14%??
No mês anterior a Marktest dava-lhe 78%.
Bom Dia
Sendo o Sr um especialista em sondangens gostaria que se possivél me esclarecesse uma dúvida, respeitante á sondagem hoje publicada.
Diz a ficha técnica:
“Este estudo foi feito entre 14 e 16 de Janeiro, tendo em conta uma amostra constituída por 802 entrevistados, residentes em Portugal Continental, com mais de 18 anos e com telefone fixo.
Da totalidade dos entrevistados, 156 são da Grande Lisboa, 88 do Grande Porto, 155 do Litoral Norte, 181 do Interior Norte, 129 do Litoral Centro e 93 do Sul.
A taxa de resposta foi de 22,6 por cento para um intervalo de confiança de 95 por cento. O erro da amostra é de 3,46 por centro.”
Sendo que a taxa de resposta é de 22,6 % até que ponto é que estes resultados são representativos da amostra? Que influência tem a taxa de resposta na credibilização dos resultados?
Origado
Brancos e nulos
Quero acreditar que a “candeia que vai à frente” esá com problemas com o azeite…este problema deve explicar a descida de 14 pp de Cavaco Silva.
E posso estar errado…mas algo me diz que o resultado do Francisco Lopes está longe do resultado real. Bem como tenho as mais sérias duvidas sobre Cavaco chegar aos 64%… arrisco que nem aos 60% deve chegar.
Nas várias sondagens do último mês que precederam esta da Marktest, o dado mais surpreendente (e que me faz duvidar da sua credibilidade) tem sido a vantagem de Alegre em relação a Nobre (por contraponto, nomeadmaente, a auscultações realizadas por mim e alguns conhecidos meus).
Admito que os nossos universos sociais (embora envolvendo todos os estratos económicos) não tenham correspondência com a realidade. Mas se domingo a diferença for mínima devo dizer que a suspeita que tenho sobre as sondagens (em particular a sua integridade) se reforça (não estou a falar das da eurosondagem que há muito só me divertem). Até porque numa eleição presidencial as sondagens conformam a realidade (em especial num caso em que existe a corrida de um e outros e para muitos a questão é a escolha de qual dos outros)
aqui está uma sondagem manipulatória. Os indecisos – 25% – são obviamente quase só á esquerda, sobretudo entre o Alegre e o Lopes, mas são distribuídos para dar uma boa parte ao Cavaco, e é claro que o Nobre leva uma ajudinha só para desmoralizar. Aposto que o Cavaco se ganhar à primeira, o que não é certo, não passa dos 52-3 %. Como é que isto é compatível com a sondagem aos votos partidários da Eurosondagem?
Não acha 35% de abstenção um valor mtº baixo?
Cumprimentos
A “abstenção” numa sondagem significa, em geral, simplesmente a percentagem de indivíduos que afirmam que não tencionam votar. Essa percentagem é sempre inferior à percentagem de pessoas que acabam por não votar. É uma mera “intenção”. De resto, acho o número elevadíssimo desse ponto de vista. Em Setembro de 2009, o Barómetro da Marktest captava uma intenção de não votar nas legislativas de…2,5%.
Alguém escreveu : “Não, a coisa é tão estapafúrdia, inacreditável e rídicula que não forneço link nem cito números de resuultados ou previsões. Apenas venho escrever que a sondagem da Marktest para a TSF e o Diário Económico sobre presidenciais hoje divulgada deve ficar como um «caso de estudo» na história das sondagens portuguesas. E, de caminho, apenas venho prestar a esclarecedora informação de que, nesta sondagem, o Litoral Norte (que não inclui o Grande Porto, note-se) teve 155 inquiridos, ou seja praticamente os mesmos que a Grande Lisboa (onde existem 2,5 milhões de eleitores) e que o, como se sabe densamente povoado, Interior Norte teve 181, ou seja mais 25 que a Grande Lisboa. E, pronto, ninguém precisa que eu lhes faça o boneco, pois não ?”, e tem toda a razão!
Acho que seria bom olharmos para a forma como a Marktest estratifica a amostra e define regiões antes de tirarmos conclusões precipitadas: http://www.marktest.com/wap/a/glossary/sel~R.aspx
Boa tarde,
Eu só queria um esclarecimento. Se a amostra foi de cerca de 800 indivíduos no entanto só 22% respondeu, isso significa que só obtiveram informação de 200 e poucas pessoas, é isso?
Obrigada
Esta sondagem é no mínimo surpreendente…
É certo que algum eleitorado do PS não vota Manuel Alegre, mas 15% parece-me apesar de tudo muito pouco!
Parece claramente que esta sondagem quer fazer uma coroação antecipada!
Não tenho a ficha técnica completa. Mas uma taxa de resposta de 22% deverá significar que as 800 entrevistas representam 22% do total de:
1. Pessoas que responderam;
+
2. Pessoas que se conseguiu contactar e que eram eleitores, mas que recusaram responder ou abandonaram o inquérito a meio;
+
3. Pessoas que foram seleccionadas para responder e que se apurou serem eleitores, mas que não se conseguiu contactar.
Entre hoje (quinta)e amanhã (sexta) não vão sair mais sondagens? Até quando é permitido que as sondagens sejam divulgadas?
Pelo menos uma, sim. Até amanhã.
Se quisermos enviar um cartão vermelho às elites portuguesas este é o portador certo. O meu voto é no José Manuel Coelho!
Louco e palhaço é o povo que vota sistematicamente da mesma forma à espera de obter resultados diferentes!
Nada como uma eleição para animar as discussões sobre sondagens 🙂
@nunocavaco permita-me a sugestão de um post que escrevi antes das Europeias 2009: