Obama e o Pastor, 2
Posted March 24th, 2008 at 10:30 amNo Comments Yet
Começa a formar-se um consenso nos analistas sobre uma mudança na campanha, como consequência do caso Wright. Leiam-se os títulos ou passagens dos artigos (e também os próprios, de preferência):
So Much for the “Post-Racial” Candidate
Wright Has Altered the Dem Race
Ou até a descoberta de que:
Racial Problems Transcend Wright
E etc. Tudo isto, claro, coexiste com muitas outras análises que sugerem a impossibilidade de uma vitória de Clinton:
Her own campaign acknowledges there is no way that she will finish ahead in pledged delegates. That means the only way she wins is if Democratic superdelegates are ready to risk a backlash of historic proportions from the party’s most reliable constituency. Unless Clinton is able to at least win the primary popular vote — which also would take nothing less than an electoral miracle — and use that achievement to pressure superdelegates, she has only one scenario for victory. An African-American opponent and his backers would be told that, even though he won the contest with voters, the prize is going to someone else. People who think that scenario is even remotely likely are living on another planet.
O que dizem as sondagens? Várias coisas importantes:
1. Nas preferências nacionais dos Democratas, Obama ainda lidera, mas Clinton recupera nos últimos dias.
2. O cenário para as próximas primárias parece fundamentalmente inalterado. Clinton é favorita na Pennsylvania e em West Virginia, enquanto Obama é favorito na Carolina do Norte. Mas aqui – muito importante – a coisa já esteve menos tremida (vejam as sondagens mais recentes) e falta muito tempo.
3. Independentemente disto, como se sabe, ninguém terá a maioria dos delegados. São os superdelegados que decidem. Quem vai ter a maioria dos delegados eleitos (Obama, certamente) e/ou a maioria dos votos (Obama ou Clinton, a grande questão) pode ser o argumento.
4. E a elegibilidade de Obama sofreu, nos últimos dias, um abalo. Nas sondagens nacionais, Clinton bate McCain (por uma unha negra) mas McCain bate Obama (por uma unha negra também).
Mesmo se for verdade que Obama já não pode perder a nomeação Democrata (um grande “se”), então também é verdade que, para McCain e os Republicanos, o aparecimento de Wright foi a melhor coisa que lhes poderia ter acontecido. Mas claro, a ideia de que este candidato poderia ser “pós-racial”, particularmente nos estados do Sul, já tinha sido desmontada há algum tempo (ver ponto 1).
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