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Pedro Magalhães

Presidenciais 3

Hoje, Pedro Adão e Silva escreve que, tal como eu teria assinalado aqui, “na primeira volta das presidenciais de 1986, Soares, Zenha e Pintasilgo tiveram menos votos do que PS, PRD e PCP nas legislativas de 1985”. Ora a releitura do meu post mostrará que aquilo que eu escrevi foi que Soares e Zenha (não Pintassilgo) tiveram menos votos que PS, PRD e PCP. Dado que o objectivo do exercício era perceber até que ponto o apoio partidário se converte em votos presidenciais, Pintassilgo não poderia ser contabilizada, dado que não recebeu apoios partidários de partidos relevantes.

Contudo, isto, e um e-mail que recebi, faz-me pensar que o exercício poderá ter ainda mais problemas que aqueles que eu sugeri à partida que tinha. Na verdade, o facto de os candidatos de esquerda com apoios partidários não terem “realizado o seu potencial” em 1986 deveu-se, em parte, claro, à presença de uma candidatura de esquerda apartidária.Eis um excerto de um e-mail que recebi sobre isto, que adianta ainda outros aspectos interessantes dessas eleições:

Para assumir algum rigor, é preciso recordar que a “Esquerda” surgiu tripartida nas Presidenciais de ’86, já que uma parte do PRD, porventura a mais “romântica” e “basista” convergiu na Candidatura da Eng.ª Pintassilgo com votantes da UDP e algumas votantes da então APU. É preciso não esquecer que a Candidatura de Zenha surgiu tardiamente, num momento no qual boa parte dos votantes do PRD haviam assumido que esta força apoiaria Pintassilgo, enquanto o “Pintassilguismo”, com o MAD – Movimento para o Aprofundamento da Democracia, já estava no terreno antes das Legislativas de ’85 e constituiu um parte substancial da estrutura territorial que permitiu a efectividade da primeira campanha eleitoral do PRD. Adicionalmente, este último partido não tinha, nem veio a ter…, um eleitorado consolidado e passível de ser condicionado nas suas opções por um “endorsement” do General Eanes, como ocorreu entre a 1.ª e a 2.ª voltas com o do PCP/APU. Em suma, creio ser demonstrável que os três candidatos, entre si, fixaram eleitoralmente o “Povo de Esquerda”…

Certo. Mas eu não duvido que três candidaturas “partidárias” de esquerda fixem melhor o “povo de esquerda” do que uma candidatura única soarista. O que eu duvido é que a fixação do “povo de esquerda” chegue para compensar a punição que Soares sofrerá por parte dos eleitores menos partidarizados do PS por ser nada mais do que o candidato do governo. Ou por outras palavras: em 1986, a “esquerda”era a “oposição”, e isso simplica tudo numa campanha. Hoje, a “esquerda” é “oposição” e “governo”. E isso complica tudo.

Mas para terminar esta série de posts, sejamos pragmáticos: esta discussão é meramente académica, porque a entrada de Francisco Louçã e Jerónimo de Sousa na corrida nada tem a ver com o que Mário Soares, Cavaco Silva, o PS, o governo, a “esquerda” (seja lá o que isso for) ou a “direita” (idem) queiram ou deixem de querer. Porque por muito que possa custar ao BE e ao PCP ver Cavaco Silva no governo (se é que custa alguma coisa, mas admitamos que sim), essa consideração é irrelevante comparada com a necessidade de marcar terreno político, fixar eleitorado, aproveitar exposição mediática e consolidar as lideranças (oficiosa uma, oficial outra) de cada partido.

P.S.- Informam-me que Francisco Louçã é o líder oficial (e não oficioso) do BE desde o último congresso. Ando um bocado desatento em relação à vida do BE…

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