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Pedro Magalhães

Presidenciais

Mais algumas curiosidades para adicionar a esta, e já passo à análise:

Presidenciais 1986
Soma dos votos de candidatos apoiados por partidos de esquerda, 1ª volta (Soares-PS, Zenha-PRD, PCP): 45,8%
Soma dos votos desses partidos nas eleições de 1985: 52,2%
Saldo a favor do candidato: -6,4%

Soma dos votos de candidatos apoiados por partidos de direita, 1ª volta (Freitas-PSD, CDS): 45,8%
Soma dos votos desses partidos nas eleições de 1985: 39,9%
Saldo a favor do candidato: +5,9%

Presidenciais 1996
Soma dos votos de candidatos apoiados por partidos de esquerda (Sampaio-PS,PCP): 52,7%
Soma dos votos desses partidos nas eleições de 1995: 52,4%
Saldo a favor do candidato: +0,3%

Soma dos votos de candidatos apoiados por partidos de direita (Cavaco: PSD, CDS): 45%
Soma dos votos desses partidos nas eleições de 1995: 43,2%
Saldo a favor do candidato: +1,8%

Ora bem. Espero não me ter enganado nas contas, que isto foi feito um bocado à pressa. E não quero levar isto demasiado longe. Dois casos são só dois casos. São os únicos comparáveis às eleições de 2006 (sem o incumbent a concorrer e com esquerda e direita divididas) e não há teorias que que possam ser testadas com tão poucas observações. Mas permito-me assinalar três coisas :

1. Quer Freitas quer Cavaco adicionaram, como candidatos presidenciais, mais à sua “base partidária de apoio” do que os candidatos de esquerda.
2. Cavaco adicionou algo ao resultado dos partidos que o apoiaram em 1996 mesmo em período de “lua de mel” do governo PS e em circunstâncias políticas gerais que lhe eram altamente desfavoráveis. Pelo contrário, Sampaio quase não somou nada ao voto PS+PCP, nas mesmas circunstâncias, mesmo tendo que conta que, presumivelmente, deveria ter recolhido apoio do eleitorado marginal dos restantes pequenos partidos. E convém lembrar que, para Cavaco, ou melhor, para a imagem que dele faz o eleitorado, 2006 não é 1996.
3. Em 1986, diferentes candidatos para diferentes partidos de esquerda significaram menos votos para a soma desses candidatos do que para a soma dos partidos que os apoiaram. Logo, não sei se aquilo que Vital Moreira presume aqui – que “as três candidaturas à esquerda somarão, em conjunto, mais votos concorrendo separadas do que concentradas em Mário Soares logo à primeira volta” – é de todo previsível.
Mas não há certezas. Por um lado, há isto, e isto é muito forte:
Soma dos votos PS, PCP e BE nas eleições de 2005: 58,9%
Soma dos votos PSD e CDS nas eleições de 2005: 36.2%

Mas por outro lado, não se pode ignorar que o PS começa a sofrer o desgaste previsível da governação, sendo presumível que um seu candidato, seja ele quem for, não consiga reter todo o eleitorado de Fevereiro. Isso é facilitado pelo facto de as eleições presidenciais não terem para os eleitores a mesma importância do que as legislativas. Isto leva a que eleitores que votaram “útil” no PS tenham menos incentivos para voltar a fazer o mesmo num seu candidato, ao passo que eleitores “sinceros” do PS agora descontentes tenham maiores incentivos para usar as presidenciais para expressar o seu descontentamento. E a mobilização diferencial da direita será certamente maior que a mobilização da esquerda, ou pelo menos que a do eleitorado PS: está muito mais em jogo para a direita do que para a esquerda nestas eleições (ou pelo menos assim se julga).

Logo, não estou nada seguro que a vitória de Soares seja melhor assegurada por uma 1ª volta onde se apresentem 3 candidatos. Unir a esquerda num único candidato significa ajudar o eleitorado a “esquecer” que Soares é “apenas” o candidato do PS, coisa que de todo não lhe convém ser. E seria um passo para a necessária “dramatização” das eleições, sem a qual não há hipóteses de concorrer com a “dramatização” à direita (“o Estado nas mãos nas mãos do socialismo”, “salvação nacional”, etc.).

Voltarei, claro, ao assunto, quando houver sondagens.

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