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Pedro Magalhães

Sondagens referendo aborto

Com a da Intercampus, divulgada ontem, e a da Aximage, divulgada hoje, ficamos assim:


(gralha corrigida. Obrigado LA-C)

Esquecendo os resultados das sondagens Aximage e Eurosondagem em Outubro de 2006 (claros outliers em relação aos restantes, incluindo os de outras sondagens conduzidas pelos mesmos centros), é porventura a primeira vez que chega um sinal de que, apesar da vantagem do “Sim” permanecer grande, a relação entre as intenções de voto “Sim” e “Não” está a alterar-se a favor do “Não”. Na Aximage, onde é possível fazer a comparação (mesma metodologia em todas as sondagens), os indecisos diminuem em relação ao final de 2006, o “Sim” desce e o “Não” sobe. Não deixa de ser verdade, contudo, que duas sondagens realizadas no mesmo momento mas com metodologias bem distintas – as mais recentes Aximage e Intercampus – dão resultados também diferentes, a segunda mais favorável ao “Sim”.

Um aspecto recorrente no tratamento jornalístico dos resultados da sondagem Intercampus é a “contradição” entre os resultados da pergunta do referendo e os de outras perguntas. Há quem fique muito perturbado com o assunto e pressinta graves malfeitorias por detrás deste tipo de coisas. Importa não esquecer, contudo, o seguinte:

– esta “contradição” não é nova. Em duas sondagens anteriores da Católica, apesar de expressivas maiorias se pronunciarem pelo “Sim” ao referendo, as mesmas pessoas mostravam-se mais cépticas quando as questões sobre o aborto eram colocadas de outra forma, ou seja, perguntando-lhes se acham que “o aborto deveria ser legal” em determinadas circunstâncias. Esta sondagem da Intercampus usa questões muito semelhantes (trocando, parece-me, o “legal” pelo “autorizado”) e dá resultados onde, mais uma vez, o apoio manifestado desta forma é bastante menor do que o verificado na pergunta tal como será colocada no referendo;

– se uma “contradição” destas se repete sistematicamente, então a “contradição” só deverá estar na nossa cabeça. E assim me parece ser: o estímulo dado pela pergunta do referendo – “despenalização”, “10 semanas”, “estabelecimento de saúde legalmente autorizado” – é muito diferente do estímulo dado quando se pergunta genericamente se o aborto deve ser “legal” ou “autorizado” nesta ou naquela circunstância. Logo, a resposta terá de ser diferente, e tudo isto só chama a atenção para a complexidade do tema “aborto” e a ambivalência de sentimentos e atitudes que gera entre os cidadãos.

Não me canso de chamar a atenção para as consequências do “enquadramento” do tema para a resposta dos eleitores. Já escrevi sobre o tema aqui.

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