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Pedro Magalhães

Teaser

Quem quiser saber com antecedência quais vão ser os resultados as próximas legislativas tem três hipóteses:

1. Olhar para as sondagens. É a mais comum. Mas tem problemas. Por um lado, um dos fenómenos mais comuns quando se analisam as sondagens feitas antes de uma eleição é a existência de uma grande dispersão entre os resultados, mesmo tomando em conta os chamados “house effects”, dispersão essa que só diminui à medida que nos aproximamos do próprio dia da eleição. Por outro lado, mesmo essa convergência entre as diferentes sondagens pode ocorrer em torno de valores que, por um enviesamento qualquer ou por fenómenos que ocorram entre o último dia de trabalho de campo e a eleição, acabam por ser diferentes do resultado eleitoral. Foi o que aconteceu, por exemplo, nas últimas europeias.

2. Uma segunda maneira de tentar prever um resultado de uma eleição é construir um modelo que contenha variáveis que se julga poderem contribuir para a explicação de um resultado. Podemos, por exemplo, presumir que a votação num determinado partido é uma função da situação da economia, do tempo em que se encontra no poder, da popularidade do primeiro-ministro, ou outra coisa qualquer que pareça teoricamente relevante e explicativo. Se testarmos esse modelo na base de informação passada e se ele parecer capaz de explicar bem a variância dos resultados e de “prever” bem cada uma das eleições passadas, basta aplicá-lo aos dados presentes e prever o futuro. Podemos também proceder a uma análise da série temporal e nela procurar, mesmo sem preocupações teóricas ou explicativas, padrões recorrentes que nos permitam inferir qual o valor dessa variável num momento posterior. No primeiro caso, estamos a usar um modelo econométrico, tal como os que são usados frequentemente nos Estados Unidos ou aquele que eu e o Luís Aguiar-Conraria fizemos para Portugal. No segundo caso, estamos a usar uma análise de séries temporais. E é cada vez mais comum combinar as duas abordagens, construindo modelos que, ao mesmo tempo, modelam factores explicativos dos resultados a par da sua ciclicidade. O problema, claro, é que, quando se trata de eleições, temos sempre poucas observações. Modelos construídos na base de poucas observações têm de ser parcimoniosos mas acabam, por isso mesmo, por estar frequentemente mal especificados. E ainda por cima, estão frequentemente limitados a prever o resultado de um dado partido (normalmente, o partido de governo).

3. A terceira abordagem consiste em usar os “mercados de previsões”. Estes mercados trazem uma abordagem completamente diferente do problema. Agregam informação dispersa pelo eleitorado, dando maior peso a uma minoria de previsões particularmente informadas e introduzindo incentivos que mitigam “cheap talk” e “wishful thinking”. Os Iowa Markets, por exemplo, são mercados electrónicos onde se compram e vendem contratos (com dinheiro real) que são desenhados de forma a representarem a probabilidade de vitória de um determinado candidato ou partido ou a percentagem de votos que virá a obter. Os contratos podem ser negociados em qualquer momento da sua vigência, fazendo com que as cotações representem, em cada momento, o consenso dos participantes sobre a melhor estimativa para o resultado eleitoral que o contrato representa. O desempenho dos IEM tem sido notável. Por exemplo, em 2004, em 33 das 34 semanas anteriores às eleições, o valor dos contratos para a percentagem de votos de George Bush esteve a menos de 1% de diferença daquele que veio a ser o resultado final. Desde Setembro de 2006, e quase ininterruptamente até ao dia da eleição presidencial americana em 2008, o IEM previa uma vitória do partido Democrata. Um estudo sobre todas as presidenciais desde 1988 mostra que, a longo-prazo, as cotações dos mercados electrónicos tendem a estar sempre mais perto dos resultados finais do que as sondagens realizadas nos mesmos períodos. E vários estudos mostram mesmo que não há diferenças significativas entre mercados “a dinheiro real” e mercados “fictícios” (play money), desde que, claro, a “reputação” jogue como incentivo nos segundos.

Pois é. Mas em Portugal não há mercados de previsões eleitorais. Ou haverá?

3 Comments

  1. pat says:

    Eis o que me parece um teaser interessante. Irá a UMinho dinamizar um mercado de previsões eleitorais?

  2. jccl says:

    Hmmm… Bem informados?

    Claro que há. As administrações dos grandes bancos Portugueses e de alguns grupos económicos não se podem dar ao luxo de errarem essas previsões (mesmo que tentem influenciar os seus resultados por não lhes agradarem).

    Mas os sinais desse conhecimento é que não serão muito visíveis. Como sempre essa informação vale muito, mas mesmo muito dinheiro. Não é para “dar de borla”, passe o pleonasmo.

    E mesmo as declarações públicas e/ou privadas desses responsáveis não são sinal de coisa nenhuma. Quando muito, teria que se estar atento a operações mais subtis nos últimos 3 meses, que não são de conhecimento público…

    JCL

  3. jccl says:

    Grande paper (ainda só li na diagonal…)

    e uma prospectiva interessante…

    JCL

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