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Pedro Magalhães

Um e-mail

“Estas sondagens demonstram que algo está errado com as sondagens.As descrepancias são enormes, e não é só de agora.Há sondagens a nível nacional, em que os resultados são de PS 42 PSD 30 e outras com PSD 39 e PS 33! Será necessário passar para outros métodos de medição?Como está o descrédito é geral.”

Acho que este sentimento é perfeitamente natural e legítimo. Quando sucede, como no Porto, que sondagens cujo trabalho de campo foi realizado no espaço de uma semana e apresentam discrepâncias que vão desde a vitória de um candidato por 19 pontos até à vitória do seu principal opositor, reacções como esta serão as mais normais.

O post anterior, contudo, tinha um objectivo: o de sugerir que estas diferenças poderão ter explicações lógicas na base daquilo que sabemos serem as fontes de erro amostral e não amostral, assim como os efeitos que diferentes métodos produzem na capacidade de obter boas inferências acerca de uma população.

Pode-se – e deve-se – inclusivamente, fazer algo mais do que sugerir: pode-se testar. Depois das eleições, será possível tentar perceber se as discrepâncias entre as sondagens, e entre elas e os resultados eleitorais, se devem a causas previsíveis e conhecidas. Foi o que fiz aqui em relação às sondagens para as legislativas e para o Parlamento Europeu, foi aquilo que dezenas de investigadores já fizeram noutros países nas suas eleições, e é o que tenciono fazer em relação a estas autárquicas, tarefa para a qual este site será de grande utilidade. Creio que antes de falarmos de “falta de credibilidade”, “descrédito”, ou mesmo, como se faz frequentemente, de “manipulação”, devemos esgotar as hipóteses explicativas que decorrem daquilo que sabemos serem as virtualidades e limites das sondagens. Só assim aliás, será possível determinar que opções técnicas produzem resultados mais próximos da realidade e, logo, mais capazes de fornecer informação correcta ao público e de se tornarem mais “credíveis”.

Dito isto, também não queria ser excessivamente defensivo. Parece-me que há institutos que, porventura, se terão “esticado” na realização de sondagens num excessivo número de concelhos. Já se tinha passado o mesmo em 2001, com os resultados conhecidos de todos. Os institutos de sondagens em Portugal são, em geral, de pequena dimensão, e os recursos que os media lhes fornecem são extremamente escassos em comparação com o que sucede noutros países. Isso tem como resultado, por exemplo, aquilo que creio ser um excessivo número de sondagens telefónicas com amostras extremamente reduzidas, que produzem resultados que só por mero acaso podem ser boas inferências das intenções de voto das populações. Dêem um passeio por aqui e verão. Nesses casos, pergunto-me o que de facto fica a opinião pública a ganhar com esta informação.

Para além disso, a tarefa de compreender as causas das diferenças entre sondagens e entre elas e os resultados só é possível se se dispuser de toda a informação acerca das metodologias utilizadas. E aqui, como de costume, as fichas técnicas divulgadas continuam a ser vagas, ambíguas e obscuras em muitos aspectos. Assim não vamos lá.

Mas repito: antes de levantar o dedinho acusador, convém testar se as diferenças entre os resultados das sondagens e as suas diferenças em relação aos resultados eleitorais têm explicações metodológicas previsíveis. Se não for esse o caso, então sim, fiquemos preocupados…

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