Posted January 4th, 2008 at 3:07 pmNo Comments Yet
…é o seguinte (e que me foi sugerido hoje ao almoço pelo José Tavares): quando olhamos para os resultados das sondagens “à boca das urnas” (por assim dizer), vemos que não há uma grande correlação entre o voto em Obama e características socio-demográficas ou mesmo atitudinais dos eleitores. Obama dominou em quase todas as “auto-identificações ideológicas” e níveis de rendimento. As correlações mais fortes são com a idade e com o estado civil (provavelmente espúria esta última), mas isso, como vimos aqui, é o sinal de uma vantagem na capacidade de mobilização de novos eleitores. Isto não se passa da mesma forma com os candidatos republicanos, cada um deles aparentemente mais representante de determinados segmentos ou nichos do eleitorado. Se a isto somarmos o facto de um negro ter ganho num estado de brancos religiosos e conservadores, temos aqui duas coisas: por um lado, um sintoma da natureza “transversal” da candidatura de Obama; e por outro, um potencial efeito de demonstração que esse facto terá sobre as considerações dos eleitores nas futuras primárias. Há “electability” para dar e vender na candidatura de Obama.
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