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Pedro Magalhães

Aximage, Presidenciais, 6 de Dezembro

Com a sondagem Aximage/Correio da Manhã divulgada hoje, ficamos com o seguinte quadro:

Nada de novo com as intenções de voto válidas em Cavaco, que exibem uma estabilidade crescente. Cada vez mais estáveis e convergentes são também os resultados de Jerónimo de Sousa (6-5%) e Francisco Louçã (5-4%).

O mesmo não sucede, contudo, com Alegre e Soares. São, como sempre, sondagens em número inferior ao que seria necessário para detectar tendências claras, mas a luta pelo segundo lugar parece estar a ficar cada vez mais renhida, como se verifica no gráfico seguinte onde se apresentam as médias móveis das últimas três sondagens:

Seja como for, análises como esta ou esta, perfeitamente compreensíveis no plano político, parecem contudo não fazer muito sentido em face dos dados disponíveis. Se é verdade que, das oito sondagens divulgadas na comunicação social após a confirmação de todas as principais candidaturas, Alegre aparece à frente de Soares em seis delas, dois desses casos, precisamente os mais recentes, consistem em margens insignificantes (Católica e Intercampus). Mais preocupante ainda para as expectativas dos apoiantes de Manuel Alegre é o facto de, quando olhamos para as sondagens da Aximage ao longo do tempo (mantendo constantes as opções técnicas e metodológicas adoptadas), Alegre passar de uma vantagem de 6 pontos sobre Soares para uma desvantagem de 3.

Em rigor, acho que ninguém pode dizer com segurança quem recolhe, neste momento, mais intenções válidas de voto, Alegre ou Soares. O resto é política. Seria preferível, contudo, que as acusações feitas a responsáveis de institutos de sondagens passassem da insinuação à fundamentação. Ou que, no mínimo, tivessem alguma espécie de congruência com os próprios resultados das diferentes sondagens.

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