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Pedro Magalhães

Rescaldo sondagens Faro

Ora cá vamos nós outra vez. Tal como fiz em relação às eleições legislativas, publico agora uma análise da precisão das principais sondagens pré-eleitorais e à boca das urnas sobre estas autárquicas. Retenho-me nos concelhos com maior cobertura e nas sondagens publicadas a partir de Setembro. E queria também dizer que, ao contrário do que por vezes se diz, estas análises não são parte de qualquer “concurso”. Elas devem ser feitas por duas razões: primeiro, para saber se foi prestado um razoável serviço ao público consumidor deste tipo de informação; segundo, para tentar perceber quais são as fontes de erro e de precisão, para tentar melhorar. Só isso.

Recordo a metodologia. Por um lado, o chamado “Método 3”: calcular a média dos desvios absolutos entre o resultado eleitoral de cada um os principais partidos e a estimativa fornecida pelas sondagens. Por outro, o chamado “Método 5”: medir a precisão das sondagens apenas do ponto de vista da sua capacidade para estimarem a margem de vitória, e tomando com bons os resultados tal como apresentados pelas empresas de sondagens. Para a justificação destes métodos, ver aqui e aqui, e as fontes aí citadas. A única coisa que não faço, por falta de tempo, é o conjunto de operações adicionais normalmente usadas no “método 3” (recalcular percentagens excluido OBN’s, etc.). Mas não fará certamente diferença de maior.

1. Ironia : a sondagem realizada mais tempo antes das eleições e com amostra de menores dimensões é a mais precisa. Mas de forma duplamente irónica, a sondagem mais precisa foi também a única que se “enganou” no vencedor…
2: O óbvio costumeiro: sondagens à boca das urnas muito mais precisas que sondagens pré-eleitorais;
3. Em geral, desvios médios dentro da margens de erro amostrais médias.

Mais reflexões adiante.

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